VIAGEM, TURISMO E AVENTURAS POR LUGARES INCRÍVEIS : ROTEIRO DE 48 HORAS EM BERLIM / ALEMANHA

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021

ROTEIRO DE 48 HORAS EM BERLIM / ALEMANHA




Enquanto os locais vivem as delícias do verão, turistas pegam carona na proverbial animação berlinense e se esbaldam em seus parques, lagos, bares e festões 
Skyline de Berlim no pôr do sol (Ricow/Getty Images) 
Enquanto os locais vivem as delícias do verão, turistas pegam carona na proverbial animação berlinense e se esbaldam em seus parques, lagos, bares e festões 
Em dias de sol à moda alemã, Berlim parece até uma cidade litorânea: chinelos de dedo, biquínis aparecendo sob as roupas, vestidinhos em pleno metrô.



Tudo graças aos lagos espalhados ao seu redor – Wannsee, Tegeler See, Plötzensee estão entre os mais cobiçados – e às piscinas públicas, como a Badeschiff (a mais cool) e a Stadtbad Neukölln (de longe a mais bonita). 
A Badeschiff, incrível piscina flutuante às margens do Rio Spree (Wolfgang Stahr/LAIF/Reprodução) 
A vontade de viver intensamente cada raio de sol tem motivações climáticas: a capital alemã passa seis meses, às vezes mais, entre noites longas, frio e céu cinza. 
No calor, não. Os meninos ocupam ruas e cafés com suas bermudas coloridas e meias vermelhas ou pretas – combinação que se vê em todos os cantos. No verão berlinense, a resposta para tudo é estar ao ar livre.



DIA 1 
9h – Contatos imediatos com a natureza 
Conselho valioso para quem tem pouco tempo e quer curtir mesmo o verão da cidade: acorde cedo e siga em direção ao Strandbad Wannsee, a “praia” local – tem areia e ótima infraestrutura de banheiros e bares para refeições rápidas. 
O Wannsee, um dos lagos que cidade que servem (muito bem) de praia (Anira Back/LAIF/Reprodução) 
No verão, o local abre mais cedo e começa a receber visitantes a partir das 9 horas. Chegando cedo, você garante uma das cadeiras duplas com uma espécie de teto reclinável acoplado, bem útil para se proteger do sol e do vento. 
Os naturistas têm seu espaço por lá também: à direita, a partir da entrada. O lago fica na porção oeste da cidade e é bem fácil chegar de trem: da linha S7, basta descer na estação Berlin Nikolassee e, de lá, ir a pé por cerca de 15 minutos, seguindo as indicações pelo caminho. O ingresso custa € 5,50.



12h – Banquete na rua 
O melhor kebab de Berlim você vai comer na rua e, sem dúvida, depois de enfrentar uma fila razoável. Mas a espera vale a pena, seja pelo preço, seja pela qualidade. 
Os kebabs disputados do Mustafa’s (Robyn Flin/Flickr) 
São vários os pontos que vendem a especialidade turca. O Mustafa’s Gemüse Kebap cobra desde € 2,90 por uma enorme refeição – a batata frita sai só por € 1. Vá de frango com cebola, pepino, tomate e queijo, tudo muito fresco. 
Há opções vegetarianas também e, para os notívagos, o local fica aberto até as 3. De Wannsee ao Mustafa’s leva meia hora: desça na estação Yorckstraße e vá a pé até a Rua Mehringdamm.



14h30 – História e passeio de barco pelo Spree 
O melhor programa para a tarde é fazer um passeio de barco pelo Rio Spree, que corta Berlim. Mas, numa cidade que vive tão intensamente seu passado (ou que faz questão de não permitir que ele seja esquecido ou relativizado), vale visitar locais históricos importantes antes de embarcar.



Para chegar ao Checkpoint Charlie, ponto militar que separava as Alemanhas Ocidental e Oriental, pega-se a linha U6 do metrô em Mehringdamm até a estação Kochstraße. Fotografar a placa com o aviso “Você está deixando o setor americano”, em alemão, inglês, russo e francês, é clichê obrigatório. 
O Memorial dos Judeus Mortos da Europa (Francisco Iacobelli/Getty Images) 
De lá, são 15 minutos de caminhada até o Memorial aos Judeus Mortos da Europa – fotografar o local é atividade bem-vinda, mas manter o decoro é mais ainda. 
Até Neue Wache, ou Nova Casa da Guarda, leva-se menos de 20 minutos a pé entre a Hannah-Arendt-Strasse e a Unter den Linden. O prédio, que abriga um memorial às vítimas da guerra e da tirania, tem estilo neoclássico e guarda uma tocante escultura solitária: uma mulher com seu filho morto no colo.



A caminhada até Nikolaiviertel, onde se pega o barco, dura cerca de 15 minutos – e ajuda a distrair a mente depois de caminhar entre as memórias alemãs das guerras, mundial e Fria. 
Barco no Rio Spree, com a Catedral de Berlim ao fundo (bluejayphoto/iStock) 
O passeio pelo Spree é uma mão na roda para quem tem pouco tempo: em uma hora, você passa pelo Parlamento alemão, pela Ilha dos Museus e pela catedral, por exemplo. O tour custa € 18,50 se for reservado no site Get Your Guide – vale procurar uma empresa que ofereça audioguias em um idioma além do alemão.


16h30 – Gramadão de lazer com pista de aeroporto 
Até 2008, o terrenão que hoje é o Tempelhofer Feld funcionava como aeroporto. Desde que virou parque, a área só viu crescer o público que procura suas instalações para fazer piquenique, churrasco e praticar esportes – a pista para corredores e ciclistas tem incríveis 6 quilômetros. Você chega até lá parando nas estações Paradestraße (U6) ou U Leinestr (U8) do metrô. 
Lazer na pistona do Tempelhofer Feld (Axel Schmidt/Getty Images) 
17h30 – Berlim do topo 
Ocupe seu espaço no bar Klunkerkranich, um dos melhores lugares para estar durante o pôr do sol em Berlim. E chegue cedo, pois a disputa pode ser grande. 
A vista é deslumbrante. Bancos, um jardinzinho de flores em caixas que o staff do lugar conserva, bandeirolas, um tanque de areia para crianças e, às vezes, até música ao vivo dão o tom do local, amado também em dias mais friozinhos. 
O rooftop do Klunkerkranich (Gonzales Photo/Alamy/Reprodução) 
Dá para aproveitar o clima do bar, esticar e jantar por lá: à noite, o menu é guarnecido com sanduíches (a versão com frango à moda coreana é a melhor pedida) e batatas fritas. Funciona todos os dias até as 2 horas.



DIA 2 
9h – Época de mergulhar 
De maio a setembro, uma piscina flutuante é instalada às margens do Rio Spree, na Arena Berlin, espaço multiuso que tem dois galpões para eventos, um bar hypado (o EscoBar), uma balada (a Arena Club) e uma área ao ar livre que recebe festivais e feiras. 
O hypado bar EscoBar, na Arena Berlin (Divulgação/Divulgação) 
Mas a vedete dos verões é mesmo a Badeschiff, com suas cadeiras bastante disputadas por quem quer pegar uma corzinha. E você escolhe onde ficar: no espaçoso deque de madeira ou na areia (sim, areia). 
De novo: chegue cedo. A fila é grande já no meio da manhã. Dá para pedir um hambúrguer e, também, cerveja alemã para bebericar entre uma passada de protetor e outra. A entrada custa € 5,50.

12h – Tradições asiáticas 
Chama muito a atenção em Berlim o (alto) número de restaurantes asiáticos. Fato que pode ser atribuído ao hype ou à aura saudável que ronda a cozinha vietnamita, a mais popular por ali. 
O kitsch restaurante vietnamita Green Bamboo (Divulgação/Divulgação) 
O Green Bamboo tem decoração kitsch, com bambus e imagens de Buda, e mesinhas na calçada – para chegar lá a partir da piscina, pegue a Rua Schlesische e siga reto até a Falckenstein Strasse; o restaurante está virando à esquerda, no número 5. O filé de frango crocante com arroz de jasmim e vegetais é inesquecível.



13h – Comprinhas hipsters 
O Kreuzberg, bairro mais alternativo da cidade, tem vários achados – como as lojinhas onde estilistas e artesãos locais vendem seus trabalhos. 
A Chaos in Form tem duas unidades ali, uma delas a 100 metros do Green Bamboo. Bolsas, camisetas com frases de efeito, colares, brincos, broches, bolsas, ímãs de geladeira, glitters diferentões, quadrinhos… Tem quase tudo. As camisetas masculinas custam, em média, 30 euros.



17h – Grama, som e sol 
O Görlitzer Park, distante dez minutos da loja hipster, é daqueles lugares ótimos para curtir o pôr do sol sem ter de subir em nenhum prédio, deitado na grama. 
O cobiçado solzinho no Görlitzer Park (Sean Gallup/iStock) 
Os mais sortudos conseguem, de quebra, assistir a um show gratuito – artistas independentes se apresentam com frequência na praça circular central do parque, bem em frente à entrada principal.



19h30 – Comida alemã 
Fundado em 1886, o tradicional restaurante Zur Kleinen Markthalle, a 500 metros da estação Moritzplatz do metrô, fica em uma ampla casa e comporta 80 pessoas em seu gostoso jardim. O joelho de porco, supercrocante, servido com pão e chucrute, sai por € 15,50, e a cerveja alemã custa desde de € 2,90.



23h – Ferveção, claro 
Berlim é um fervo só à noite: baladas alternativas, punks, eletrônicas, festanças especiais para o público gay se espalham, todos os dias, pela cidade. 
O House of Weekend é um rooftop famosinho grudado na Alexanderplatz que tem festas diárias – antes de partir para lá, confira a programação no site. 
O rooftop House of Weekend, de cara para a Torre de TV (Divulgação/Divulgação) 
É para todos os públicos, sempre com DJs locais bombados, que tocam até amanhecer. A vista é um show à parte: a Torre de TV, ou Fernsehturm, se destaca entre os prédios iluminados da região.

Fonte dos textos e fotos: viagemeturismo.abril.com.br Thymonthy Becker






CONHEÇA O MUNDO OLHANDO DA JANELA DO TREM


SONHOS DE UM VIAJANTE
CAMINHÃO NO CURRAL VIA CONTROLE REMOTO
Estava dentro de um local que parecia ser um curral e havia uma parte fechada com paredes de mais ou menos um metro de altura. Para entrar neste local havia uma abertura na parede, que deveria ter uns 4 metros. Estava na entrada deste local cercado, com um controle remoto de televisão nas mãos. Havia uma fila de caminhões na minha frente. Eles deveriam entrar neste local fechado, para abastecerem de algo, que não sei o que seria. Usava o controle da televisão, para controlar os caminhões até dentro deste cercado. Na lateral direita deste cercado, havia uma vala comprida, que deveria ter uns 3 metros de largura por cinco de comprimento. 


Eu controlava o caminhão, desviando desta valeta e fazendo o mesmo chegar em baixo de um equipamento, que abastecia a carroceria do caminhão. Usando o controle remoto, coloquei e tirei três caminhões. O quarto caminhão era um pouco menor, tinha a carroceria toda quebrada e tinha três pessoas dentro desta carroceria. Dois homens e uma mulher. Manobrei o caminhão, deixando-o no local para abastecer. Depois virei para conversar com alguém que estava do meu lado. Nisto ouvi alguém gritando dentro daquele cercado onde abastecia. O caminhão estava em movimento, em direção a parede do cercado. Fiquei apertando rapidamente e desesperadamente as teclas do controle remoto, tentando encontrar a tecla de parar. 


Quando o caminhão ia bater na parede, acertei a tecla e ele parou. Por ter apertado varias teclas, uma delas foi à marcha a ré. Nisto o caminhão começou a voltar e eu não conseguia fazê-lo parar. Ele veio de ré e caiu naquela vala, com as três pessoas dentro da carroceria. A carroceria quebrou toda. Acionando a tecla do controle remoto para ele ir para frente, consegui tirá-lo de dentro daquela vala. Mas ele não podia mais abastecer. As três pessoas desceram da carroceria. A mulher ficou falando que a culpa era minha e que eu deveria pagar pelos estragos. 


Um dos homens que também estava dentro da carroceria, e era o dono caminhão, disse que não era minha culpa, pois a carroceria já estava velha e quebrando mesmo. A mulher discordava. Disse para a pessoa que estava do meu lado, que o dono do caminhão estava tentando me eximir de uma culpa que era minha.



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