Linda, remota e afastada, eh uma das ilhas mais intrigantes, idílicas e românticas que alguma vez alguém sonhou em visitar.
foto - Travelpod
A ilha do Ibo é uma pequena ilha coralina localizada próximo da costa da província de Cabo Delgado, no norte de Moçambique.
A ilha tem 10 km de comprimento por cinco de largura e está quase totalmente urbanizada, localizando-se aí a vila do Ibo, sede do distrito do mesmo nome. Encontra-se dentro do Parque Nacional das Quirimbas.
Durante 500 anos a Ilha do Ibo foi um porto de comércio próspero ocupando uma posição estratégica na costa Oriental Africana. Com cerca de 4.000 habitantes, a ilha está situada no Parque Nacional das Quirimbas.
Os habitantes do Ibo vivem majoritariamente da pesca artesanal. O turismo ainda é precoce, dominado por operadores estrangeiros. O acesso para a ilha é feito por mar, avião ou carro. O meio mais utilizado de transporte para os habitantes da ilha ainda é a canoa tradicional com velas.
Isolada, o tempo até parece que parou na lha do Ibo. Linda, remota e afastada dos circuitos comerciais, a Ilha do Ibo é uma das ilhas mais intrigantes, idílicas e românticas que alguma vez sonhou em visitar.
A Ilha do Ibo fica a 50 milhas náuticas a norte de Pemba e pode ser acedida por ar a partir de Pemba. Outra alternativa é uma viagem por estrada até Tandanhangue, perto de Quissanga de onde pode apanhar uma lancha tradicional.
foto - Fiona Stewart
Três fortificações, uma bonita igreja católica muito antiga e numerosos edifícios antigos entrepostos comerciais fazem guarda sobre as águas. Piratas, marfim, intriga e o nunca a esquecer cruel tráfico de escravos fazem parte da história desta ilha de coral.
Uma história fascinante recheada de segredos e de uma cultura muito rica está presente nos habitantes e nas ruínas, algumas que datam de 1500.
As pessoas do Ibo são amigáveis e acolhedoras e vivem vidas fabulosamente ricas e simples.
As pessoas do Ibo são amigáveis e acolhedoras e vivem vidas fabulosamente ricas e simples.
Cruzamo-nos com ele junto do Forte de São José sentado numa moto a alta velocidade. Sabe cada detalhe dos monumentos da ilha do Ibo, situada no Arquipélago das Quirimbas, em Moçambique.
Aliás, à entrada da sua casa pode ler-se “João Batista conselheiro e historiador da ilha do Ibo”. Foi aqui que nasceu em 1927 e, por ele passaram 42 Governantes, entre eles os portugueses. Nessa época trabalhava na secretaria da Alfândega como datilografo, acabando por secretamente ter acesso aos documentos confidenciais.
Sabe todas as datas. Todos os nomes, da troca de especiarias, das lojas indianas de seda, das plantações de café e dos hindus que queimavam os corpos mandando as cinzas para o mar e, por isso deixaram de comer peixe com receio de estar a ingerir um antepassado. Lembra-se da história de cada Forte e de cada casa.
Leva-nos numa viagem pelo tempo. Gesticula com os braços, os seus olhos cintilam de prazer.
A ilha do Ibo é muito importante na formação da história de Moçambique. No século XVII foi capital e a sua localização estratégica permitia aos portugueses o controle das rotas comerciais. Holandeses, franceses, malgaxes todos a tentavam conquistar, mas a Fortaleza de São João Batista, Fortim de S. José e Fortim de S. António nunca o permitiram. Estes estão agora a ser recuperados.
Eu não li. Eu vi”, diz, alçando o dedo em riste, continuando: “Já estes canhões faziam bum, bum apenas para assinalar a passagem de ano.” Mas melhor do que ler é ver a sua entrevista ou as suas fotografias.
RELATO DE UM TURISTA
Cabo Delgado, uma das onze províncias deste imenso Moçambique, tem no seu lado norte e ao longo de aproximadamente 200 quilômetros de costa, o Arquipélago das Quirimbas. Uma das suas 32 ilhas é a Ilha do Ibo, que se destaca pela sua importância histórica e estratégica. Merecia por isso uma visita por parte destes curiosos portugueses.
A estrada de terra vermelha conduziu-nos à Fortaleza de S. João Batista, edificada em forma de estrela, ocupada pela PIDE durante aquele período complicado da nossa história e transformada em prisão.
No largo central, uma amendoeira gigante faz rivalizar a sua sombra com as sombras das almas que sofreram.
Nas palavras do nosso guia entoando a frase conhecida "entra vivo e saí morto", sentiu-se a amargura desses tempos.
Nas palavras do nosso guia entoando a frase conhecida "entra vivo e saí morto", sentiu-se a amargura desses tempos.
Dentro, oficinas de artesanato Makonde, ateliers de costura e oficinas de prata, ocupam hoje as salas que outrora escutavam torturas e repressões.
Noutra dessas salas, um arquivo completamente abandalhado encerra documentos secretos portugueses que contam a nossa história e cuja importância mundial parece não interessar a ninguém. Vai-se degradando a cada chuvada, a cada intempérie até um dia ser fogueira. Dói muito ver a nossa história ser tratada assim.
Continuando o nosso périplo, passamos a "Casa das Conchas", antiga casa do advogado Eduardo Pereira datada de 1950, caminhamos pelos trilhos mal amanhados e passamos pelas casas com cunho português, que albergam hoje os pobres da ilha.
As crianças são muitas, as cabras também. O forte de Santo António outrora monumento emblemático, alberga agora gado ovino e caprino e pinta-se com os seus dejectos. A pocilga é tal, que quase não se pode aceder ao espaço. Foi o curral mais histórico que conheci!
Outro forte se nos apresenta. O forte de São José, construído em 1760, prisão daqueles cujas idéias eram diferentes das do regime. Este pelo menos está a ser alvo de recuperação.
A marginal é ampla e recortada. O mar é calmo como todas as águas que vivem em baias. A baía do Ibo não foge à regra fazendo daquelas águas apetecíveis, embora a praia não seja convidativa. Nela abundam os barcos dos pescadores e as cabras, que se passeiam pelas águas refrescando os seus cascos.
O jantar teve lugar no terraço com vista de mar e a ementa foi inovadora: entrada de creme de abóbora com molho tártaro, sopa fria de pepino, cubo de gelatina de limão e gengibre, lagostim com arroz de algas e tarte de maçã quente com molho de natas. "Haute Cuisine" com os cumprimentos do Chef.
O céu, carregado de estrelas cintilantes, numa pintura nunca outrora vista, foi o culminar de um dia de história e com história.
Por: vivenciascontadas.blogspot.com.br
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Fonte dos textos e fotos: = viajar.sapo.mz / Thymonthy Becker / Wikipédia / JBTB CORTEZ
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