Famosa por suas festas religiosas, esta cidade histórica tem casarios barrocos, igrejas, museus com riqueza de detalhes em suas construções, e eh hoje o principal roteiro turístico histórico do estado.
Museu Hansen Bahia Karl Heinz Hansen
(1915-1978) nasceu em Hamburgo, Alemanha. Fez carreira como artista plástico na Suécia, onde realizou exposições e roteiros de filmes. Veio para o Brasil em 1950, trabalhou em São Paulo e depois, ao apaixonar-se pela cultura baiana, fixou-se em São Félix, onde adotou o nome de Hansen-Bahia.
Artista polivalente, atuou em vários campos como pintura, ilustração, gravura, xilografia, escultura, cinema e poesia. Expôs suas obras no Museu de Arte Moderna da Bahia, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo. Lançou em 1967 um álbum de gravuras intitulado Via Cruzis do Alemão e Brasileiro, com texto de Jorge Amado e dedicado à Mãe Senhora, ialorixá do terreiro Ylê Axé Opô Afonjá. End. R. 13 de Maio, 13
Igreja Matriz Nossa Senhora do Rosário
O belo templo do século XVII, tombado e restaurado, tem a portada revestida em mármore de Lioz. Os painéis de azulejos portugueses que revestem seu interior estão entre os maiores do país. R. Ana Néri
Santa Casa de Misericórdia e Capela de Santa Bárbara
O edifício barroco de 1734 abriga a capela, que tem altar em estilo rococó. End. Pça. Aristides Milton
Casa da Câmara e Cadeia
No prédio de 1698, restaurado, funciona hoje a Câmara Municipal. End. Pça. da Aclamação
Chafariz Imperial
Construído em 1827 para abastecer a cidade de água, tem estilo neoclássico. É decorado com sete carrancas e as armas do Império. End. Pça. Aristides Milton
Igreja Nossa Senhora Da Ajuda
Provavelmente é a mais antiga de Cachoeira. Em 1595, quando foi erigida, era uma pequena ermida consagrada à Nossa Senhora do Rosário. Em 1637, foi reconstruída e dedicada à Nossa Senhora da Ajuda. A grande festa anual de Nossa Senhora da Ajuda acontece na primeira quinzena de novembro. End. Largo da Ajuda
Igreja da Ordem Terceira do Carmo
Construção do início do século XVII. O interior é revestido com azulejos portugueses; os altares têm estilo barroco. End. Pça. da Aclamação
Convento do Carmo
Assim como ocorreu com o convento dos carmelitas em Salvador, o prédio foi convertido em pousada e restaurante. End. R. Inocêncio Boaventura
Fábrica de Charutos Dannemann
A fábrica inaugurada em 1873 pelo alemão Gerhald Dannemann até hoje produz charutos de alta qualidade, comparáveis aos cubanos, confeccionados artesanalmente por mulheres, que passam seu conhecimento de geração para geração. End. Av. Salvador Pinto, 29
Casa de Hansen-Bahia
A casa onde morou o artista, conservada conforme ele a deixou, é agora um museu com acervo de quatro mil obras no qual a população local tem acesso a atividades artísticas e cursos. Fazenda Santa Bárbara, São Félix.
População: 32.035 hab
DDD: 75
Estado: Bahia
Distância de outras cidades: Feira de Santana, 51 km, Salvador, 119 km
Artesanato feito na cidade
Chegando na cidade
Detalhes das construções barrocas
Festas religiosas que acontecem na cidade
Centro histórico da cidade
Vistas parciais da cidade
Pousada do Convento
Praça da cidade
Rio que banha a cidade
Rua da cidade
Dados gerais da cidade
Código do Município - 2904902
Gentílico - cachoeirano
Prefeito (2017 / 2020) FERNANDO ANTONIO DA SILVA PEREIRA
População estimada [2019] 33.470 pessoas
População no último censo [2010] 32.026 pessoas
Densidade demográfica [2010] 81,03 hab/km²
Salário médio mensal dos trabalhadores formais [2017] 1,9 salários mínimos
Pessoal ocupado [2017] 3.939 pessoas
População ocupada [2017] 11,2 %
Posição geográfica da cidade no Brazil
Como tudo começou
História
Cachoeira - Bahia - BA
Histórico
Em 1531, chegava à Bahia a expedição de Martim Afonso de Souza com a incumbência de estimular o cultivo da cana-de-açúcar e a sua industria. O Recôncavo baiano, que começava a ser explorado, possuía terras propícias a essa cultura, sendo portanto, escolhido para a instalação dos primeiros engenhos.
Nessa comitiva estava o fidalgo Paulo Dias Adorno, homem de posses, que se instalou à margem esquerda do Rio Paraguaçu, entre os riachos Pitanga e Caquende. Em sua fazenda foi construída uma ermida em homenagem a Nossa Senhora do Rosário, atual Capela da Ajuda. Em torno dela surgiu uma povoação que se desenvolveu rapidamente em função do florescimento da economia açucareira.
No final do século XVI já existiam cerca de cinco engenhos na Região. Em 1963, foi criada a Vila e Freguesia de Nossa Senhora do Rosário do Porto da Cachoeira, sendo instalada, apenas, a 07 de Janeiro de 1698.
A Vila se tornou o local para onde afluíam os ricaços da época, aqueles que há até pouco tempo se denominavam de Senhores de Engenho. Ao lado do grande centro açucareiro em que ia se transformando, outras culturas ali se desenvolviam, principalmente a do fumo, que se conserva até hoje como dos melhores em todo o interior do Estado.
Tão rica era a Vila que, em 1756, o Rei de Portugal resolveu taxá-la numa vultosa quantia, revertida para a recuperação da cidade de Lisboa, quase totalmente destruída por um terremoto. Paralelo ao seu desenvolvimento econômico, crescia sua importância política: receberia, algum tempo depois, as visitas ilustres de D. Pedro I, D. Pedro II, Princesa Isabel e Conde D'Eu.
Foi no século XIX, entretanto, que Cachoeira se viu projetada definitivamente no cenário da história política baiana e brasileira. A Vila foi foco de onde partiram as lutas armadas contra os portugueses pela Independência do Brasil.
Historicamente, Cachoeira foi a pioneira no movimento emancipador do Brasil. Dali partiram os primeiros brados de revolta contra a opressão lusitana e surgiram mais tarde os batalhões patrióticos, liderados por figuras como a do Barão de Belém, Rodrigo Antônio Falcão Brandão, Maria Quitéria de Jesus a mulher-soldado, dentre outras que imortalizaram na história Nacional.
A 25 de Junho de 1822, antecipando o Grito do Ipiranga, Cachoeira já proclamava o Príncipe D. Pedro I como Regente: estava lançada a semente, que frutificou em 2 de Julho de 1823, quando a Bahia definitivamente tornou-se livre do jugo português, consolidando a Independência do Brasil.
Neste dia, pela primeira vez na História, a sede do Governo Baiano foi transferida oficialmente para a Cidade. A data comemora o 25 de Junho de 1822, quando Cachoeira e alguns Municípios vizinhos, iniciaram as lutas pela Independência da Bahia.
Cachoeira, a Heroica, assim denominada pela lei nº 43, de 13 de Março de 1837, em virtude dos seus feitos, foi a Sede do Governo Provisório do Brasil durante a guerra da Independência em 1822 e, novamente, em 1837, quando ocorreu o levante da Sabinada.
A primeira crise econômica se abateu sobre o Município no final do Século XIX, quando chegou a perder um quarto da sua população. A partir de 1924 é atingida por uma nova crise, resultante de problemas na agro indústria fumageira e de reestruturação do sistema viário estadual, que veio a marginalizar seu Porto.
A partir de 1940, Cachoeira entrou em uma fase de grande decadência, perdendo gradativamente a sua importância, à medida em que crescia o processo de seu isolamento. Com o seu desenvolvimento do transporte rodoviário, a ferrovia se tornou obsoleta e o transporte fluvial, que sempre representou fator preponderante na importância de Cachoeira, decaiu tanto que chegou a ser suspenso.
Crises se sucederam na área da indústria fumageira, chegando ao fechamento de fábricas, enquanto as respectivas lavouras, que ocuparam posição de liderança por mais de dois séculos, igualmente retrocederam, cedendo a primazia a outras regiões.
Gentílico: cachoeirano
Este eh o brasão do município
Fonte dos textos e fotos: manualdoturista.com.br / Thymonthy Becker / IBGE / Prefeitura Municipal de Cachoeira, BA
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SONHOS DE UM VIAJANTE
A FLORESTA DE CARVÃO
O progresso estava chegando pelos trilhos do trenzinho que transportava pó de carvão para a roda de gusa
Cheguei em uma cidade já anoitecendo, quase escuro mesmo. Percebi que estava no passado. Vi um trenzinho que trazia carvão em pó para uma siderurgia. Este trem era pequeno, os vagões deveriam ter no Maximo um metro de comprimento. A pessoa que estava comigo reclamava da chegada do progresso, que tinha trago só poluição e feito todos deixarem a cidade. Olhei para a as ruas e vi muito pó de carvão nelas.
Continuamos andando, passando por baixo dos trilhos, e encontramos com outro homem que veio conversando com a gente. Nisto os trilhos do trenzinho entravam numa espécie de corredor cercado por duas paredes, tipo um túnel.
foto - ?
foto - ?
O homem que encontrou que a gente entrou por este túnel, seguindo o trenzinho que tinha acabado de passar, carregando pó de carvão. Eu quis segui-lo, mas o homem que estava comigo disse que eu não devia ir. Continuamos andando. Nisto o homem que entrou atrás do trenzinho, voltou correndo, pois vinha algo pelos trilhos em direção a ele. Era um carrinho com uma hélice na sua frente e que girava muito rápido.
Foto - Jeferson Luiz da Luz
Sai dali, deixando o índio e o cavalo cheio de pó de carvão, e fui para uma rua que estava cheia de pó de carvão. No rio ao lado desta rua, que parecia um braço de mar muito agitado, havia um pequeno navio com algumas pessoas. Nisto estas pessoas se agarraram numa peça do barco que estava dentro do mar. Esta peça era triangular e a parte mais larga que estava dentro do mar. À ponta do triângulo, era presa no barco. Havia uns 10 cabos de aço, amarrados na parte de baixo do triangulo e se juntavam nesta ponta.
As pessoas que se se agarraram nestes cabos de aço começaram a gritar. Alguém do barco acionou uma alavanca o triângulo foi subindo levando todos para dentro do barco. Nisto chegou perto de mim aquele homem que vinha comigo e fomos embora dali. Ele disse que era para eu rezar em voz alta ou em silencio, do jeito que achasse melhor. Ele foi rezando de voz alta e eu de voz baixa.
A gente rezava o “Pai Nosso” e a “Ave Maria”. Nisto eu pensei em ir para a primeira rua, por onde cheguei ali. Mas fui para uma canoa que tinha naquele rio que parecia mar. Este "mar" estava muito agitando. Nisto vi um barco ao longe. Ele balançava muito. Algumas pessoas gritavam desesperadas pedindo ajuda. Essas pessoas se agarraram num triângulo parecido com o do barco anterior. Elas gritavam ate que alguém veio ver o que era e acionou novamente a tal alavanca e começou a puxá-los para dentro do barco.
A gente rezava o “Pai Nosso” e a “Ave Maria”. Nisto eu pensei em ir para a primeira rua, por onde cheguei ali. Mas fui para uma canoa que tinha naquele rio que parecia mar. Este "mar" estava muito agitando. Nisto vi um barco ao longe. Ele balançava muito. Algumas pessoas gritavam desesperadas pedindo ajuda. Essas pessoas se agarraram num triângulo parecido com o do barco anterior. Elas gritavam ate que alguém veio ver o que era e acionou novamente a tal alavanca e começou a puxá-los para dentro do barco.
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A maré foi baixando rápido e a canoa ficou em terra firme. Ao sair desta canoa, vi trilhos de ferrovia. Fui indo por estes trilhos até que vi o trenzinho que transportava pó de carvão. Os trilhos iam para dentro de uma mata. Segui o trenzinho até lá e vi que era nesta mata que eles carregavam aquele trenzinho.
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Ao cair naquele monte de pó, afundei. Não conseguia respirar e nem sair do pequeno vagão. Neste momento o trenzinho chegou numa pequena ribanceira, virou o vagão jogando todo o pó ribanceira abaixo, incluindo eu, que estava lá dentro. Fui rolando ribanceira abaixo, até que cheguei no mesmo lugar onde encontrei o homem que vinha comigo. Só que não estava mais no passado e sim, no futuro. Olhei procurando pela floresta que eles estavam transformando em pó de carvão e vi só deserto.
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Então conclui que não havia conseguido proteger a floresta. Que ela seria destruída de qualquer jeito e que tudo ali iria virar um grande deserto. Minha volta a passado, para tentar impedir tudo aquilo, foi em vão. O Trenzinho tinha me derrotado.
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