A cidade, que fica a 23 km de Belo Horizonte, possui um conjugado arquitetônico barroco erguido, na maior parte dos casos, por escravos, como a Capela de Nossa Senhora do Rosário.
As festas típicas da cidade estão ligadas à religião e às tradições históricas. Vale a pena participar da Festa do Divino Espírito Santo, do Congado de Nossa Senhora do Rosário, das cavalhadas e da Folia de Reis. Ainda na estrada, chegando à cidade de Raposos, já nos encantamos com a natureza vista em seu entorno, com o ar fresco e sentimos que estamos no caminho certo para vivenciarmos momentos de tranqüilidade, só encontrados no interior.
Em Raposos encontramos arte, manifestações populares e muitas tradições que até hoje revelam a sua importância histórica. Encontramos artesãos, lendas, histórias que viram “causos” e estes roteiros para passear... O tom acolhedor dos moradores é a especialidade desta cidade de Minas Gerais!
Estando apenas há 33 km de distância de Belo Horizonte, a cidade é cercada de matas e trilhas que levam a antigas nascentes, córregos e ribeirões de águas cristalinas, cascatas e poços naturais, formadas pelo conjunto das Bacias da Prata, Brumado e Cambimbe.
A cidade está inserida no Circuito Turístico do Ouro, possui trecho reconhecido e sinalizado pelo Instituto Estrada Real. Encontra-se em importante Área de Proteção Ambiental da parte sul da Região Metropolitana de Belo Horizonte.
Em Raposos você também pode experimentar andar por trilhas em matas preservadas, ver a riqueza natural da flora e da fauna, sentir o cheiro de mato, ouvir o canto dos pássaros e das águas, tomar um delicioso banho de cachoeira, enfim, sentir as agradáveis sensações que a natureza pode lhe proporcionar.
No entanto, é preciso preservar este rico patrimônio. É nosso dever valorizar à nossa querida Raposos!
IGREJA MATRIZ DE NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO
A cidade de Raposos é dona da mais antiga Paróquia de Minas Gerais. Depois de fundado o seu povoado, em 1690, ergueu-se uma pequena Capela de pau-a-pique que servia para reunir os católicos. Enquanto o Arraial de desenvolvia os moradores iam aumentando a Capela.
Com a ajuda da população foi transformada em Igreja, depois em Paróquia e por último em Matriz (1690 a 1724). Em estilo barroco e com obras de Aleijadinho, no fim do ciclo do ouro, a igreja foi abandonada e muitas de suas obras foram roubadas ou levadas para outras igrejas. Uma reforma feita em 1954 devolveu parte da beleza original da Matriz.
PONTE DOM PEDRO II
A Estrada de Ferro Central do Brasil, que foi inaugurada em 13 de fevereiro de 1891 com o nome de Estrada de Ferro Dom Pedro II, é a primeira linha ferroviária construída no Brasil. Os primeiros trilhos desta estrada foram assentados em Minas Gerais em 1º. de Maio de 1869, no trecho Ouro Preto – Raposos – Sabará, a estação de Raposos foi inaugurada em 13 de fevereiro de 1891.
Sobre o Rio das Velhas, a 1 Km da estação, com destino a Honório Bicalho encontra-se a, Ponte de Ferro, com 300 Metros de comprimento, fabricada na Inglaterra e transportada em partes até Raposos, possuindo em ambos os lados as iniciais E.F.D.PII (Estrada de Ferro Dom Pedro II). Com a proclamação da república, a intolerância política retirou a talhadeiras, parte das inscrições das iniciais do Imperador. Em Ouro Preto, na mesma ocasião, furaram à faca os retratos dos imperadores banidos, que foram cedidos ao museu da Inconfidência.
MINA DO MORRO VELHO
A Mina de Morro Velho é a mina mais profunda do mundo com 2.500 metros de profundidade e 4.000 metros de extensão. Descoberta em 1814, com o passar dos tempos, o ouro foi ficando mais difícil de ser garimpado e a Mineração Morro Velho se instalou no município. Em 1830 ela foi adquirida pela empresa inglesa St. John d'El Rei Mining Company Ltd., que a inaugurou em 1834.
POÇO DAS PEDRAS - POÇO AZUL
Tanto o poço das pedras, como o poço azul, possuem um diâmetro de aproximadamente 8 metros, profundidade de 2,5 metros e temperatura variada em torno de 15º C. Eles são consequência de uma pequena represa que fornece energia à MBR. A água é cristalina e reflete uma cor esverdeada, com exceção de algumas épocas do ano que o tom da água fica azulado. A vegetação ao redor é pouco expressiva, constituída de pequenas árvores e vegetação rasteira.
O peixe predominante no ribeirão é a piabinha. No local existem rústicas armações de cabanas que servem como bar nos fins de semana. Há também uma pequena plataforma utilizada como trampolim. A flora é composta de arbustos e flores silvestres.
RIO DAS VELHAS
Cortando a cidade de Raposos, ao centro, e sendo considerado um importante rio em se tratando do desbravamento de Minas Gerais, o Rio das Velhas, antigo Rio Guaicuy, outrora navegável, recebeu este nome por ocasião da chegada dos bandeirantes que avistaram na beira do rio algumas velhas índias lavando roupa. Hoje, o rio serve ao garimpo e abastece grande parte de Belo Horizonte.
Cachoeira de Santo Antônio
Capela do Rosário
Vistas parciais da cidade
Praça da cidade
Represa da cidade
Ruas e Avenidas da cidade
Represa
Dados gerais da cidade
Código do Município - 3153905
Gentílico - raposense
Prefeito (2017 / 2020) SERGIO SILVEIRA SOARES
População estimada [2019] 16.354 pessoas
Densidade demográfica [2010] 212,88 hab/km²
Salário médio mensal dos trabalhadores formais [2017] 1,7 salários mínimos
Pessoal ocupado [2017] 1.093 pessoas
População ocupada [2017] 6,7 %
Posição geográfica da cidade no estado
História de formação da cidade
Raposos – Minas Gerais – MG
História
A historia da fundação do povoado dos Rapôsos, teve seu início em princípios de 1690, quando a capitania de Minas gerais ainda não existia. Arthur de Sá Meneses, governador geral das Capitanias do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas , designou Pedro de Morais Rapôso para descobrir ouro e pedras preciosas nos sertões de Minas, região dos índios Cataguás.
Ele trouxe consigo muitos membros de sua família, vários amigos e todos aqueles que queriam 'ficar rico' e não tinham medo do desconhecido ou dos índios, entraram pela região de Sabarábuçu e seguindo o caminho de Paes Leme, acompanhando o leito do Rio Guaicuy (atual Rio das Velhas), encontraram o local ideal para garimpar e faiscar ouro na confluência de um volumoso ribeirão (atual Ribeirão da Prata).
A terra era fértil e o ouro era encontrado em aluvião, então fundou-se o Arraial dos Rapôsos, eles começaram a semear os gêneros de subsistência, aos poucos foi-se colhendo milho, feijão, mandioca e cana de açúcar para produção de melado, rapadura, farinha de mandioca e cachaça.
O Rio Guaicuy, que orientou a penetração dos bandeirantes era navegável e se tornou fundamental para o escoamento dos produtos, sendo assim, o Arraial dos Rapôsos passou a abastecer Sabarábuçu, Arraial Velho, Gaya (atual Honório Bicalho) e Santo Antônio do Rio Acima.
Como era costume dos bandeirantes edificaram um templo, ergueu-se uma pequena ermida de pau-a-pique que foi consagrada como capela de Nossa Senhora da Conceição, no dia 08 de Dezembro de 1690. Esta pequena capela foi se transformando e recebendo todo o estilo da época, o Barroco, e em 1724 é criada a vigária colatícia por alvará de Dom João V e as primeiras paróquias de Minas, tornando-se assim a 1a. Matriz de Minas Gerais, adornada com peças de ouro vindas de Portugal, móveis de cedro, obras de arte e altares no estilo barroco.
Em 1832 começaram a chegar os primeiros ingleses para operar nas Minas de St. Jonh D'El Rey Mining Co. (hoje Anglo Gold), sendo a 1a. indústria aurífera do mundo.
Em 1907 instalou-se aqui, uma fabrica de fósforos, o Luz Mineira, aproveitando a madeira que cobria grande parte dos vales, fornecendo emprego a quase toda a população local.
Em 27 de Dezembro de 1948 o Arraial dos Rapôsos é elevado a categoria de município, denominado Raposos, desmembrando-se de Nova Lima em 1o. de Janeiro de 1949 quando assumiu a intendência do município o Dr. Afonso Penna Fernandes e em 1950 assumiu a 1a. Administração municipal a cargo do prefeito Lindouro Duarte Batista.
Em 1800 com a redução do ouro de aluvião, começou o abandono do Arraial dos Rapôsos e em 1850 restavam apenas três famílias, os Gouvêas, os Torres e os Sabarenses, a Matriz Nossa Senhora da Conceição estava em total abandono, o ouro dos altares foi raspado e muitas obras de arte das paredes se perderam.
Em 1900 com o objetivo de proteger da rapinagem sacrílega, muitas das relíquias do acervo de peças de ouro e prata e obras de arte barroca da Matriz foram levados para Congonhas, Mariana e outras igrejas, com isso seus altares se despovoaram. Mas nem tudo foi levado, restaram os altares, o lavabo, a pia batismal, algumas imagens e a pintura a óleo de Nossa Senhora da Conceição no teto da Matriz.
Em 01 de Maio de 1998 , a empresa de extrativismo mineral, encerrou suas atividades na Mina de Raposos, fechando 300 postos de trabalho diretos e centenas de indiretos, desestabilizando a economia local que não se recuperou até hoje.
Depois de 300 anos de exploração mineral, vegetal e humana, o ouro ficou difícil de extrair, grande parte da mata nativa foi substituídas por eucaliptos e a população ativa teve que procurar emprego em Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Estados Unidos e Europa.
Gentílico: Raposense
Esta eh a bandeira da cidade
Fonte dos textos e fotos: Prefeitura Municipal de Raposos, MG / IBGE / Thymonthy Becker / pelasestradasdeminas.com.br / Wikipédia / Diego Cesar
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Já esteve aqui? Conte sua Aventura