VIAGEM, TURISMO E AVENTURAS POR LUGARES INCRÍVEIS : ROTEIRO PELO DESERTO DO ATACAMA / CHILE

segunda-feira, 20 de janeiro de 2020

ROTEIRO PELO DESERTO DO ATACAMA / CHILE







Mas à medida que adentramos no Deserto do Atacama, no Chile, uma nova paisagem se revela. Nunca pensei que um deserto pudesse ter paisagens tão variadas, e tão impactantes. A cada passeio, descortinam-se lagos esmeraldas, termas de águas quentes, trilha rodeadas de verde, cânions cor de rosa, salares cristalizados, formações de cinza vulcânica brotando do chão, gêiseres. Nesse post a gente mostra nossa roteiro no Atacama de 6 dias, com o que fazer por lá. 
Onde ficar: nosso hotel no Atacama 
O Atacama é democrático ao receber os viajantes. Há de hostels a hoteis super sofisticados e com estrutura all inclusive completa. O nosso se enquadra nesse último, o Tierra Atacama, e ficar nele faz toda a diferença (reserve pelo booking.com).


Resumidamente, todo o hotel foi projetado com vista para o vulcão Licancabur, numa arquitetura arejada, com janelões sempre escancarados para o exterior. A estrutura do hotel inclui ainda sauna, spa, piscina aquecida externa e interna, hidromassagem, sala de ioga. E em alguns dias, o Tierra surpreende os hóspede com um jantar sob as estrelas (sendo que o céu do Atacama é um dos mais incríveis do planeta) e com música local. 
O Tierra também tem uma equipe de guias próprios, o que torna os passeios exclusivos e sob medida. Todos os passeios que fizemos foram com o hotel. E o atendimento é de primeira linha: os guias são bilingues, super treinados, e acredito que estão entre os melhores da região. Além dos passeios inclusos na diária, o sistema também abarca refeições, bebidas, lanches, transfer de Calama, entrada para os atrativos. 
E pra terminar, fica perto do vilarejo de San Pedro, e tem bikes pros hóspedes irem pedalando. 


O Tierra Atacama é, na minha opinião, o melhor hotel do Atacama, junto com o Cumbres e o Alto Atcama. Mas dos três ainda prefiro o Tierra por alguns motivos: a vista do hotel, a qualidade dos passeios e guias. 
Mas são hotéis mais caros. 

Como chegar no Atacama 
Você precisa voar para Calama, e lá pegar o transfer de 1h30 até o Atacama. As empresas que voam para Calama são: Latam, Sky e Jetsmart. Essa última é lowcost, e costuma ter voos mais baratos. 
Deserto do Atacama quantos dias ficar 
Há muito o que ver e fazer no Atacama. Recomendo pelo menos 6 dias por lá. É daí para mais. 


Qual melhor época para ir deserto de Atacama 
No deserto a amplitude térmica é muito acentuada, com dias bem quentes e noites bem frias. 
No verão, os dias são mais quentes e a noites frias. 
No inverno, os dias são menos quentes, e as noites mais frias, em torno de 0 graus. Lugares com altitude mais alta, como Tatio, chegam a bater 10 graus negativos 


Março, Abril, Maio, Setembro e Outubro são os meses mais agradáveis, com dias em torno de 25 graus, e noite perto de 7 graus. Fomos em maio, a foi ótimo. 
Sobre altitude: San Pedro fica a 2.400 metros, a alguns passeios chegam a pouco mais de 5 mil metros. Começa pelos mais baixos, para acostumar o corpo. Não sentimos nada demais por causa da altitude. Apenas uma leve falta de ar em alguns trilhas, na hora das subidas. 



Dia 1 no Vale de Marte 
Pegamos um voo noturno Rio-Santiago-Calama, mais um transfer de 1h30, e decidimos relaxar no hotel durante a manhã (taí mais uma vantagem de ficar num hotel com o Tierra: relaxar faz parte da programação; não dá nem de longe a sensação de estar perdendo tempo). 
Depois, rumamos para o Vale de Marte (ou Vale da Morte). 
Explicando um pouco, há passeios de meia-dia e de dia inteiro. Para dar tempo de conhecer mais lugares, eu recomendo – quando for um passeio de meio-dia – combinar um de manhã e um de tarde. Os da manhã costumam sair por volta das 8h e retornar 13h. E os da tarde saem 15h-15h30 e voltam 19h. Mesmo fazendo os dois, dá tempo de almoçar com calma e ainda dar uma relaxadinha. 


Agora voltando ao Vale de Marte: ele fica na Cordilheira do Sal e é um passeio fácil, lindo, que explora uma área de cordilheiras e cânions vermelhos, e termina numa duna com sandboard. É interessante levar em conta o seguinte: o Atacama está a pouco mais de 2 mil metros de altitude, e alguns passeios chegam a quase 5 mil. Então, os tours dos primeiros dias devem ser sempre mais fáceis e em altitudes menores, para acostumar o corpo com a altitude. É o caso do Vale de Marte, que tem uma caminhada de uma hora apenas. sem subidas e sem esforço físico. 


Dia 2 no Vale da Lua e Salar do Atacama 
Nosso dia começou com o passeio para o Vale da Lua, também na Cordilheira do Sal. Da mesma forma que o Vale de Marte, é um tour de meia dia, com uma trilha super fácil até um mirante de onde se tem uma vista linda de toda essa baixada. Depois, descemos para vale, e passamos por áreas de sal cristalizado. É um lindíssimo. Gostei muito. 
Depois do almoço e de uma relaxadinha no spa, saímos para o nosso seguindo passeio, que adorei ainda mais: ver o pôr-do-sol no Salar do Atacama, que fica a uma meia horinha de carro de distância. Trata-se de um deserto de sal como de Uyuni, mas como no Atacama não chove, o sal não alisa sobre o solo. O fenômeno que se vê aqui é um sal enrugado, formando um desenho super diferente, e que quando reflete o sol ganha tons alaranjados. 



E no meio disso, lagoas, muitos flamingos e um fim de tarde com céu rosa. Lindo de morrer. Para fechar com chave de ouro, o Tierra ainda prepara uma mesa de queijos e vinhos ao ar livre.
De noite, uma surpresa que tem bem a assinatura do Tierra. Um super jantar sob a luz das estrelas, com luz de velas, fogueira e músicos locais. 


Dia 3: Termas Puritana, Bike na Quebrada del Diablo e estrelas 
Há duas formas de se chegar nas Termas Puritama: de carro ou pela trilha. Quem vai de carro fica mais tempo nas 8 piscinas termais com água de origem vulcânica e temperatura em torno dos 33 graus. Quem vai a pé, segue o caminho deslumbrante do cânyon Guatin, atravessado por um rio e cercado de plantas e cactos gigantes.


Preferimos o caminho a pé. Leva 1h30 de caminhada por essa paisagem, com apenas uma leve subida (falta só um pouco de ar , porque chegamos num altitude de quase 3500 metros), e depois dá tempo de ficar 40 minutos nas termas. Como sempre, o programa se encerra com uma mesa de chocolates, pães, queijos e frutas secas. 
De tarde, saímos para um passeio que achei super diferente e divertido. Bike nos cânyons da Quebrada del Diablo. A gente já sai do tierra pedalando as magrelas, num trajeto de cerca de 45 minutos em terreno plano (quem quiser , pode ir de carro até a entrada do cânion) até adentrar na quebrada. Daí em diante, é uma trilha no meio de cânions que vão mudando de cor: rosa, cinza, areia. UAU! 


Para terminar nosso dia, fizemos um passeio para observação astronômica. Devido à altitude e ao clima seco, o Atacama é considerado um dos melhores lugares do planeta para se observar o céu. Nesse dia, o céu não estava muito limpo, e mesmo assim conseguimos ver várias constelações e planetas como Marte e Vênus. A observação é feita com um super telescópio. 


Mas a cereja do bolo é o Alma (visitas podem ser agendadas, mas com muita antecedência e precisam ser aprovadas), um consórcio de vários países (Chile, Europa, EUA, China) para a criação do maior projeto astronômico do planeta. O Alma tem 66 antenas gigantescas que captam radiações do universo e convertem em imagens. Hoje, ha 16 antenas em funcionamento, e a previsão é que na próxima década todas elas estejam operando. E é inimaginável o que os cientistas descobrirão com todas essa potência. Será que teremos finalmente descobrir a origem do Universo? 
Dia 4 – Salar de Tara (passeio de dia inteiro) 
São quase três horas de carro até chegar no Salar de Tara, a 4.700 metros de altitude, mas vale à pena. É um passeio de dia inteiro, cênico e com paisagens impressionantes. 
A primeira parada é no Monges de la Pacana, um conjuntos de pináculos feitos de cinza vulcânica e terra que brotam do chão. A partir desse ponto, começa um off road até Tara. 
Chegando em Tara, é de cair o queixo. Vulcões, um lago azul rodeado de vegetação dourada, falésias impressionantes, vida selvagem e um horizonte multicor é o que reserva esse salar . 
O almoço é aqui mesmo, numa mesa montada de frente para o lago. Um privilégio e tanto. Depois, é hora de voltar para Atacama, mas não sem mais uma parada. Na volta do passeio, um stop em Machuca, o vilarejo de um rua só com uma antiga igreja que parece cenário de Cem Anos de Solidão. 



Dia 5 – Gêiseres del Tatio (passeio de dia todo) 
Nunca vimos um gêiser antes, então imagina o que não sentimos diante de dezenas deles. Os gêiseres del Tatio estão a 5 mil metros de altitude, e jorram vapor quente e água de buracos que existem no chão. Isso acontece porque há rios subterrâneos que encontram com o magma dos vulcões, fervem e viram vapor, ganham pressão, e precisam sair. Então jorram para a superfície. É um espetáculo! Segundo nosso guia, umas das teorias é que essa região, na verdade, é a caldeira de um vulcão. 
Para chegar até o local, são cerca de 2 horas de carro a partir de San Pedro de Atacama. O passeio começa antes do sol nascer, quando está bem frio (porque a medida que o dia aquece, a fumaça dos gêiseres se dissipa). Quando chegamos lá, a temperatura era de -2 graus, e no dia anterior tinha sido -5 graus. 
Além dos gêiseres, há por lá um piscina de águas termais. Nós não entramos. O Tierra não recomendo ao mergulha nelas, e nosso guia explicou que ela tem altos graus de metal, e que foi fechada faz um tempo porque continha muitos excelentes humanos no fundo. 


Depois dos gêiseres, lanchamos por lá (de uma super mesa de frutas, sanduíches e chocolate quente) e retornamos. 
Chegamos ao hotel por volta das 14h, aproveitamos o spa, e fomos passear no centrinho de San Pedro. 
O vilarejo é uma graça. Duas ruas com casas de adobe, da cor do barro ou pintadas de cal, alguns cafés, bares e restaurantes animados, e muitas lojas de artesanato. É um vilarejo muito típico e tranquilo, gostoso pra passar uma tarde. 
Também tem muitas agências de passeio, então se você não ficar num hotel com o Tierra, não se preocupe: contratar todos esses tours em San Pedro é facílimo, e na hora mesmo, nem precisa de antecedência. 



Dia 6 - Outros passeios em Atacama: 
Petroglifos e Vale do Arco Íris – Para quem gosta de curiosidades históricas, esse passeio além de todo o visual do Vale do Arco-Íris e suas montanhas de diferentes cores, tem também os petroglifos, que são desenhos rupestres gravados nas rochas e que datam da pré-história. Nós não fizemos esse passeio, mas alguns amigos foram e amaram. O passeio de de meio dia. 
Lagunas Altiplânicas: É um passeio de dia inteiro. A primeira parada do tour é em Socaire, um povoado Atacamenho bem típico e localizado a 3000 metros. Depois, prossegue para as Lagunas Miscanti e Meñiques, aos pés de uma cadeia de vulcões cobertos com neve, cujas margens são preenchidas por uma vegetação rasteira e de cor dourada. É um dos passeios mais populares do Atacama. Não tivemos tempo de fazer, uma pena, mas ouvimos bons relatos. 


Lagunas Escondidas e Cejar – É um conjunto de pequenas lagoas com nível de concentração de sal altíssimo, e onde é impossível afundar. O corpo boia sem esforço. Há um tempo atrás ela ficou fechada por apresentar altos níveis de metais e minerais em suas águas, então não se demore dentro delas. 


Sobre seguros de viagem 
Não viaje para o Atacama sem fazer um seguro de viagem internacional. É um local com muitas trilhas, e alta altitude. Para saber qual seguro contratar, e comparar valores, use o Seguros Promo. É uma uma plataforma que faz um busca em todas as opções existentes no mercado. A ferramenta é ótima!

Fonte dos textos e fotos: viagemeturismo.abril.com.br / Thymonthy Becker 


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