Tiradentes não perde a mão na hora de fazer turismo. Localizado a pouco menos de 200 km de Belo Horizonte, esse destino não se apegou apenas a seu passado histórico e recebe viajantes com empreendimentos bem-sucedidos que fazem a gente esquecer que está em uma cidade de interior.
Dizem que um dedinho de prosa mineiro costuma durar, pelo menos, duas horas. O que dizer então de uma mão inteira?
Tiradentes não perde a mão na hora de fazer turismo.
Localizado a pouco menos de 200 km de Belo Horizonte, esse destino não se apegou apenas a seu passado histórico e recebe viajantes com empreendimentos bem-sucedidos que fazem a gente esquecer que está em uma cidade de interior.
Centro histórico de Tiradentes, visto do Alto São Francisco (foto: Eduardo Vessoni)
Haja negócio.
Com menos de oito mil habitantes, Tiradentes tem cerca de 80 restaurantes, 180 pousadas e uma infinidade de atrativos que vão além do famoso centro histórico bem preservado do destino.
Nessa cidade, que em 2018 completou 300 anos de emancipação, tem roteiros de bicicleta por áreas rurais, caminhadas na Estrada Real, harmonização de queijos mineiros com cachaça e espumante, e pôr do sol sobre uma colina, de onde se tem uma das vistas mais belas do casario e da serra de Tiradentes.
O QUE FAZER EM TIRADENTESPara aventureiros
Muito além do casario bem preservado, Tiradentes tem trilhas aos pés da Serra de São José.
Estrada Parque Passo dos Fundadores, entre Tiradentes e Prados, em Minas Gerais (foto: Eduardo Vessoni)
Os roteiros de experiência por áreas rurais e históricas do destino têm opções a partir de 9 km de extensão, como a convidativa trilha Sabor Rural, uma via plana que segue o leito ferroviário da Estrada da Caixa d’Água; a estrada-parque Passos dos Fundadores que pode ser explorada em carros 4×4 ou bicicleta; e até um roteiro de 90 km pela Estrada Real até a cidade de Carrancas, conhecida pelas cachoeiras.
Casarão no centro de Tiradentes (Foto: Thymonthy Becker)
Para amantes de história
Tombado pelo IPHAN desde 1938, o centro histórico é visita obrigatória na cidade.
E basta caminhar sem rumo pelas ruas de pedras para ter diante dos olhos um dos acervos arquitetônicos mais importantes do Brasil.
Centro Histórico de Tiradentes, em Minas Gerais (foto: Eduardo Vessoni)
“O charme de Tiradentes é andar nas ruas. Você tem a calma, o local não tem trânsito, anda devagar, cumprimenta as pessoas, bate papo, encontra os turistas que vêm aqui”, descreve o guia Vicente Silva.
Destaque para o Museu de Sant’Ana, cujo acervo com 300 imagens, aproximadamente, dedicadas à mãe de Nossa Senhora, fica dentro da antiga cadeia pública da cidade; e a Igreja Matriz, um dos mais importantes exemplos do barroco mineiro.
Praça no centro de Tiradentes (Foto: Thymonthy Becker)
Praça no centro de Tiradentes (Foto: Thymonthy Becker)
Para comer
A farra da culinária farta vai desde harmonização de queijos mineiros e paulistas com cachaças, na Queijaria Ouro Canastra (Rua Direita, 205), até a gastronomia artesanal do cenográfico Tragaluz, famoso pela galinha d’angola com cogumelos e polenta cremos.
Os principais restaurantes ficam na central rua Direita, onde dá até para provar vinhos no casarão de estilo colonial do Pacco & Bacco, mas é no setor rural que Tiradentes é ainda mais mineira, em endereços como o Pau de Angu (na estrada para Bichinho / (32) 9948-1692) com pratos como o mineirinho com costela, lombo, pernil, tutu, feijão tropeiro, couve e batatas, e a linguiça artesanal de pernil picado (pratos a partir de R$ 32,50).
Restaurante Pacco & Bacco, no centro histórico de Tiradentes (foto: Divulgação)
Já o bairro Parque das Abelhas abriga o Empório Santo Antônio, cujos clássicos são a bochecha de porco e a costela no bafo (a partir de R$ 60 por pessoa / (32) 3355-2433).
Quem fica pelo centro histórico conta também com o Estalagem do Sabor (32 – 3355.1144), aberto há 33 anos e famoso pelo Mané sem jaleco (R$ 120), mexidão com arroz branco, feijão roxinho, bacon, lombinho, ovos, cebola, couve e banana.
Ruas e vielas de Tiradentes (Foto: Thymonthy Becker)
Tiradentes tem cerca de 180 opções de hotéis e pousadas, com diárias que vão de R$ 280 a R$ 2.200.
Para essa reportagem, o Viagem em Pauta se hospedou na Dom Xavier (diárias a partir de R$ 410), pousada de estilo rústico e quartos com vistas únicas da Serra de São José, na estrada de acesso a Bichinho, distrito do vizinho município de Prados.
Pousada Dom Xavier, em Tiradentes (foto: Eduardo Vessoni)
O proprietário Eduardo Nascimento não é de família hoteleira. E talvez seja essa a deixa para fazer a gente se sentir em casa, em um terreno de 800 m² e decoração com móveis de demolição.
“Não é um hotel para mim, é para o hóspede”, explica Nascimento, durante o café da manhã exagerado com opções como pães, queijos, biscoitos, bolos e frutas.
A hospedaria charmosa de Tiradentes é democrática e conta com opções econômicas como o Encanto da Serra (a partir de R$ 250), no centro de Tiradentes; e a exclusiva Solar da Serra, cujas diárias chegam a R$ 600, em quartos com vista para a Serra de São José.
Telhados em Tiradentes (Foto: Thymonthy Becker)
FIQUE ATENTO
– A maior movimentação turística de Tiradentes acontece nos finais de semana, de sexta a domingo. Se for possível, programe sua viagem para dias da semana, pois a cidade está mais tranquila e o comércio costuma funcionar, normalmente, de segunda a segunda;
– A maioria dos museus da cidade fecha às terças-feiras, exceto o Museu Padre Toledo, que fecha na segunda;
Museu de Sant’Ana (foto: Eduardo Vessoni)
– Embora a alta temporada local seja nos meses de inverno, entre junho e agosto, a cidade tem atrativos para o ano inteiro. Porém, evite dezembro, o mês mais chuvoso;
– Quem vai em busca das cachoeiras da região, a temporada costuma ir de novembro a março.
SERVIÇO
Tiradentes Mais
tiradentesmais.com.br
Iluminação em Tiradentes (Foto: Thymonthy Becker)
VALEU PELA AVENTURA
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